Turismo

Quaraí faz parte do bioma dos pampas, sendo a maioria do território do município constituída por campos, por fazer parte da Mesorregião do Sudoeste Rio-Grandense, mais conhecida pelos gaúchos como região da campanha.

Quaraí mesmo sendo uma cidade pequena, possui várias vias de destaque entre elas a Avenida 7 de Setembro, juntamente com as ruas Cel. Miguel Corrêa, Ascânio Tubino, Avenida Raul Pilla.

Quaraí mesmo sendo pequena, é um tanto multicultural, atualmente, a cidade conta com pequenas populações de origens étnicas italiana, portuguesa, espanhola, alemã e árabe fora de seus países respectivos.

Quaraí, é sede de um dos mais famosos regimentos militares do Brasil, o 5º RCMEC, e como tal recebe militares de diversas partes país, bem dizer não há alguém que não conheça algum militar em Quaraí.

Cultura de exposição
Quaraí é palco de vários encontros intermunicipais, que abordam vários temas, conta com um grande salão de auditório que realiza esses eventos, no centro da cidade.

Interligação Quaraí – Artigas
A Ponte Internacional da Concórdia, mais conhecida como Ponte Quaraí – Artigas, localiza-se sobre o Rio Quaraí, e liga as cidades de Quaraí a Artigas no Uruguai. Tem 750 metros de extensão e é a ponte que detém a curva mais larga da América do Sul. O seu engenheiro foi um quaraiense, o engenheiro responsável Oswaldo Lucho e a firma construtora foi Sotagem Benites, com sede na cidade do Rio de Janeiro. No final da sua construção sua obra foi considerada uma proeza, e foi concluída em pouco tempo. A Ponte foi inaugurada pelo General Costa e Silva e o Presidente Uruguaio o Jorge Pacheco Areco. A ponte dá acesso ao interior do estado do Rio Grande do Sul, na direção de quem vem do país vizinho, dando acesso a BR-293, e ao interior do município.

Cultura nativa
Quaraí como cidade do Rio Grande do Sul, e por se localizar nos pampas, tem sua cultura na tradição gaúcha, e esta tem suas raízes nos antigos gaúchos que habitavam o pampa; Quaraí também tem fortes traços culturais europeus, trazidos pela colonização europeia, mais precisamente por parte de Portugueses e Espanhóis.

Folclore
A Salamanca do Jarau é uma lenda gaúcha, também conhecida como lenda da Teiniaguá, que conta a história de uma princesa dos mouros que se transformara em bruxa, e que teria vindo em uma urna de Salamanca, na Espanha, e acabou indo morar em uma caverna no Cerro do Jarau, em Quaraí no Rio Grande do Sul’

Gastronomia
A cozinha quaraiense carrega como marca indelével a gastronomia do Rio Grande do Sul, que tem como prato mais conhecido o tradicional churrasco gaúcho e o também igualmente tradicional arroz carreteiro que pode ser feito com bacon, até os mais variados tipos de carne. A culinária quaraiense também compartilha dos pratos brasileiros, provenientes de outras regiões do Brasil, que vão desde o popular arroz com feijão, até o russo estrogonofe; sempre dando ênfase a receitas com carne dos mais diversos animais; passam também pela culinária quaraiense pratos vindos das mais diversas origens.

Bebidas
Como parte do Rio Grande do Sul, Quaraí também compartilha a bebida mais famosa do estado e também dos pampas, o chimarrão, também é de relevante consumo o vinho, também gosto dos gaúchos, até os mais variados tipos de bebidas da região.

Roupas
As vestimentas usadas pela maioria dos habitantes da cidade em nada difere das demais regiões do país, as vestes tradicionais dos gaúchos, Bombacha, Camisa, Botas, lenço, luvas, espada ou faca, pala, etc. quase desapareceram, sendo seu uso mais frequente na Semana Farroupilha, e em bailes gaúchos, festividades, etc., ou por homens que ainda honram a tradição secular desta terra; Abaixo seguem imagens que ilustram bem as reais roupas usadas nesta cidade.

Música
A Música tradicional gaúcha, e seus intérpretes ainda fazem muito sucesso por aqui, mas a tendência a esse ritmo de música ainda a ser consumida é cada vez menor; São mais escutadas aqui músicas desde o POP, passando pelo Rock até chegar a renomada música Gospel. A cidade ainda como parte do estado do Rio Grande do Sul, possui bandas de músicas nativistas, próprias do estilo nativo.

Semana Farroupilha
Depois das comemorações do dia 7 de Setembro, a cidade entra na semana de comemoração da Semana Farroupilha, que começa no dia 13 a 20 de Setembro, durante toda essa semana é comum os bailes tradicionais, almoços e jantares especiais da culinária gaúcha em diversas partes e lugares da cidade, como nas escolas, também nessa data é comum ver pessoas trajadas com as vestimentas tradicionais da região; O Clima na cidade muda drasticamente; São feitas reuniões em piquetes e CTGs; As comemorações encerram com chave de ouro no dia 20 de Setembro, com desfile de cavalarianos homenageando esse fato histórico que foi a revolução farroupilha

Cerro do Jarau
A 25 km da cidade, na direção de cidade vizinha Uruguaiana, se encontra o Cerro do Jarau, com 308 metros de altura, em realidade é uma cratera de 5,5 quilômetros formado provavelmente por um meteorito que caiu ali, há cerca de 120 milhões de anos atrás, também é desse lugar de mistério, desertidão, e sublimidade, que se originou a lenda da Salamanca do Jarau, mito do folclore brasileiro.

Butiazal
A 19 quilômetros da cidade, se encontra a linda paisagem do Butiazal; O Lugar recebeu esse nome, devido a presença de árvores Butiás, árvores não nativas da região, e de origem indefinidas. Contam as “lendas”, que os índios e os jesuítas, trouxeram as primeiras sementes, e plantaram elas aqui para assinalar local; já os antigos dizem que foram os “birivas”, os homens que vinham da serra trazendo erva-mate e fumo, e em troca levavam daqui mulas e gado.

Outra lenda afirma que foram os índios Charruas que espalharam as sementes do Butiazal; O aparecimento dos butiás é envolvido por lendas e mistérios, não sabe-se ao certo quem e por que veio a ser plantado nesta área.

O Butiazal é uma área desértica do Areal, limitada pelos arroios Quatepe e Salsal, e que possui aproximadamente 25 quilômetros de extensão, onde vivem pequenos produtores rurais.

Ruínas do Saladeiro
As Ruínas do Saladeiro são o que restou dos saladeiros de Quaraí, local onde era produzido o charque que posteriormente era exportado diretamente para Cuba, Itália e Reino Unido. Quaraí contou com dois saladeiros, o primeiro foi o “Novo Quaraí”, implantado em 1894, por uma firma anglo-uruguaia denominada Dicki son Hermanos, no local onde atualmente é parte da Cabanha Branca. Este estabelecimento contava com seis seções: Manipulação de graxa, usina elétrica e ferraria, tornearia, galpões de secagem, depósito de carnes elaboradas e depósito de charque.

Em 1907, foi criado o São Carlos, segundo saladeiro do Quaraí, localizado entre a Picada do Perau e a Pedra Moura, pela firma Reverbel e Mendive, e em 1908, mais precisamente dia 22 de abril, ocorreu a inauguração do cabo aéreo que colocava a margem direita do Rio Quaraí em comunicação com a margem esquerda, projetado e construída pelo engenheiro inglês Henrique Holidja, facilitando o embarque do charque e seus produtos. Vinte anos depois da criação do Saladeiro São Carlos a lei federal de desnacionalização do charque, que proibia o trânsito do charque, que era levado aos portos brasileiros através do porto de Montevidéu, onerou o charque fazendo com que ficasse fora do mercado nacional, que era o maior consumidor. O Saladeiro São Carlos termina pedindo concordata ao Banco Nacional do Comércio em 1928.

No início do século XX, auge das charqueadas no Estado, o saladeiro São Carlos chegou a abater para fazer charque quase 700 mil cabeças de gado em um período de 10 anos. Também figurou como um dos principais agentes sociais da época, doando carne que não aproveitada para charque aos pobres de Quaraí e Artigas, no Uruguai, que formavam filas semanalmente nas dependências do saladeiro.